Tuesday, May 15, 2007

Chuva...um lágrima, uma vida


Aflição, quando tudo passa, sem sentido
Emoções exaltadas, feridas, entre suspiros
Saudades do que nunca tive, um abrigo,
O silêncio de uma sala com os teus risos.
Fui arrancado desta realidade, esqueço!

Não há memorias do passado rasgado,
Em folhas soltas sobre a cama desfeita.
A luz tímida do candeeiro banha o escuro,
O Negro… Estranha essa lucidez nocturna
Roubo o impermeável, despindo o cabide
Arranco sem destino em ruelas desertas.
Não há norte, nem sul, nem sorte
Apenas um velho, contando as notas,
Nesta melodia unívoca que gotas singelas
Que descrevem um compasso surdo,
Em instrumentos inventados pela natureza.

Não há maestro nestas águas precipitadas?
São todas elas compositoras no meu coração
Tal como a gota mais perfeita tem segundos
Momentos, de vida… tu vives sem noção!

Sabes o que és? O que pode ser?
És uma gota que um dia voou alto,
És a gota que um dia foi mar
És a água, que me sacia a sede
És tudo, que me afoga a vontade!

No comments: