Sunday, April 22, 2007

Ultimo suspiro... respiro? Sobrevivo...

Vida que acabou, percorro descalço o lancil
Fere-me como chagas, carne viva e ardente
Dor, pecado, lágrimas que pago pelo o ardil
Desligo o sentimento, o tacto, fico demente
Nada… Silêncio, será a hora do julgamento?
Tremor, nas sístoles, rebentamento sanguíneo
Serei morto ou re-vivido, sinais de sofrimento
Entranha-se este odor de antigos, desprezo a ti

Ar que a ti roubo, sopras o meu ultimo suspiro
Roubas-me a alma com um beijo solene e breve
Sabes a verdade, mentira e o ódio do teu toque
Revela a tua verdadeira sorte, rasgas-me a pele
Levas-me as esperanças de ti, matas-me olhando
Sofres, mas vingas o passado, malhas de ferro
Lembranças ardidas em moinhos de papel
Não há vento que apague este fogo, de ti
Não há água que te tire de ao pé de mim
Não há natureza que me, nos, junte a ti

Sonhos que quem lembra o que fui
Volta, vida perdida, renasce
Fénix de lembranças
Sobrevive…

No comments: