Sunday, April 22, 2007

Deixas saudades eternas...

Perder e encontrar o que deixei,
Sonhos, moradas, beijos teus.
Será que foi de ti que me lembrei
Olhos negros, sem dono, seus
Desejos, são obrigações minhas
Serei dono ou servo desta dor.
Esta estrada que em ti caminhas,
Em lembranças, amargas, teu suor
Serei capaz de levantar o grito,
Acordar melancolias no teu sorriso
Adormecer, em chão, como granito
Haverá delicadeza maior? Meu paraíso

Odores, ruelas e fumos cobrem o rosto
Esquecido por ti, a beleza de outrora
Que sensatez terei, de te querer agora?
Não há tempo, nem momento, susto…

Não ter coragem para o teu risco
Não ter delicadeza para o teu ardil
Não é genuíno, viver em ti senil
Pensar, serei, eu, mais um isco.

Apenas o leito nocturno me arrasta
Vagabundo, sem as tuas amarras
A noite leva tudo, será que basta?
Coração este que tanto serras
Lágrimas, sangue, aversão de ti
De levares, o que é correcto
Deixas-me só, tudo. Eu cumpri
Promessas, sentimentos, certo?

Não me dás razão ao momento
Só vivo o desalento, de não te ter.

Saudades eternas do que fui, vivi
Saudades eternas do que foste, para mim
!

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