Há dias, há momentos, há acontecimentos… Por vezes tendemos a justificar tudo na vida com coisas banais ou acontecimentos marcantes do dia-a-dia. Se o dia não correu bem… é culpa do autocarro que atrasou, ou o exame correu mal, porque o café bateu mal no estômago. Natureza humana sempre encontrou o caminho fácil para justificar o mal que abate sobre a nossa cabeça, nada é feito do acaso, ninguém normalmente é capaz de responder perante os seus actos.
Somos uma raça cobarde, vivemos monitorizando o que passa a nossa volta, preocupados com o tempo de amanha, quando não sabemos ao certo como proceder no momento. Falamos da chuva quando está nublado, porque o facto de o sol aparecer entre as nuvens as vezes não passa de uma sombra dispersa do que somos.
Inúteis são as conversas, o silêncio é apenas um componente da espera das palavras de quem tu esperas apoio, no teu momento mais triste. Espera-se quando não há forças para levantar a cabeça. Espero quando não há esperança… quando deixas de acreditar em ti mesmo… Esperas porque és cobarde de viver.
Eu espero…
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