Friday, September 7, 2007

Precipitação











Há momentos que pensamos o que somos, quando olhados de fora por aquele que pensamos que temos algum valor, que podemos ser ou poder fazer alguma diferença no dia a dia. Quando pensamos que vivemos uma ilusão, uma mentira, quando compreendemos que não valemos nada. A nossa vida só tem valor quando valorizado por alguém importante no nosso seio de compaixão. Desilusão do dia em que acordamos e vimos que nada somos que pouco valemos que nada sabemos ser aos olhos de quem queremos saber agradar… Há dias que penso se as pessoas que estão a minha volta me compreendem, se sabem quando eu estou mal, se sabem quando eu estou no meu pior dia, se sabem procurar-me tal como eu procuro estar, quando preciso.

Pergunto se eles se preocupam alguma vez no dia, não só com a presença, mas também com a pessoa. Será que os actos superam a pessoa? Será que sou apenas uma situação, um sorriso de ocasião, um nome que se lembram na festa em que todos a minha volta são convidados? Será que sou mais um? Será que ser especial é ser ignorado quando se está mal? Quando se precisa e não se tem, quando existes e não te encontras? Quando não sabes o que eles sentem, quando eles só te encontram quando tu procuras… quando nada sabes, quando não resolves, quando não sabes ser… desapareces? Perdi-me, estou sozinho, estou deserto, sedento de chuva que não chega e não sabe fertilizar esta terra árida sofrida e magoada…

Não sei viver!

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